sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Chávez em Portugal

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1311393&idCanal=11



Hugo Chávez, actual presidente da Venezuela, foi recebido oficialmente pelo governo português, na figura do Primeiro-Ministro, com toda a pompa e circunstância. Teve direito a honras de estado, com guarda e jantar no Palácio de S. Bento. Foi recebido no Aeroporto por uma comitiva oficial e, pasmem-se, Mário Soares (!?)! Organizaram-se manifestações de solidariedade e apoio.

Mas, afinal de contas, o que vem a ser isto? "Recebemos" de braços (e pernas) abertos um dos maiores opositores a Bush e à política norte-americana, de um modo geral, e, mais recentemente, a Espanha - inclusivamente com ameaças concretas a ambos, no âmbito das relações económicas (e não só) - e "boicotamos" a visita do líder espiritual e político do Tibete, o Dalai Lama, por razões políticas que evocam as relações estratégicas com a China. Mas então a China é mais importante nas nossas relalções internacionais do que os EUA e a Espanha? A Espanha, repito!

Mais extraordinário é tudo isto se passar após mais um incidente, no mínimo polémico, bem ao género daquilo a que Chávez já nos tem vindo a habituar, na Cimeira Ibero-Americana, realizada em Santiago do Chile. Bem ao género latino-americano. A habitual postura de Chávez - de des-respeito e provocação - neste tipo de cimeiras e comícios internacionais, levou o Rei Juan Carlos, de Espanha, a perder a cabeça e dirigir-lhe um, digamos zangado: Por qué non te callas?


Quem não perdeu tempo foi o Sexto Anel que já deu a conhecer a nova moeda comemorativa espanhola.




1 comentário:

Pedro Correia disse...

O momento deste encontro é perfeitamente irracional. Um falha primária e intolerável, não para um conhecedor comum de relações internacionais ou diplomacia, mas sim para qualquer um com bom senso.

Será que o nosso Primeiro-Ministro se lembrou, da comunidade Portuguesa a viver na Venezuela agora que o preço do Petróleo disparou? Pouco provável.

Teremos alguma coisa a aprender com a governação Venezuela? Temo que assim seja, mas não creio.

Salda-se, um governo português que por poucos, pode ser levado a sério.