quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Sporting na Taça UEFA


«Numa competição como esta,
com duas equipas como são o Manchester
e a Roma, sofrer golos depois de o
quarto árbitro dar o tempo de descontos,
é difícil de superar, assim como
é marcarmos dois golos, hoje e com a Roma,
que o árbitro não valida.
Não temos capacidade para superar
tanta adversidade»


(Paulo Bento em declarações após o jogo de hoje)





De facto, ser do Sporting é sofrer..e muito! Vivi doze anos sem ver o Marquês pintado de verde e branco e, mesmo assim tive que esperar até à última jornada (4-0 ao Salgueiros), para festejar o título, dezoito anos depois.

Quatro anos mais tarde, e já depois do campeonato que o Jardel nos ofereceu, numa oportunidade única, e após de um percurso absolutamente inesquecível (o jogão em Newcastle e a meia final de Alkmaar ficam, para sempre, na memória), o Sporting alcança a final da Taça UEFA, a disputar em Alvalade. Equipa empolgada, a jogar de forma entusiasmante, ainda a lutar pelo campeonato e pela taça. Resultado: após o 1-0, por Rogério, que durou grande parte do jogo, 1-3 para o CSKA no final; Semanas depois eliminados da Taça nas meias finais, no Estádio da Luz, nas grandes penalidades, após um dos melhores jogos de futebol a que assisti em Portugal (inesquecíveis os golões de Paíto e Simão); dias depois, nova derrota frente na Luz (1-0) e, na última jornada, esvaem-se as esperanças de ver o Sporting campeão pela terceira vez (2-4 contra o Nacional, em casa). A época passada foi preciso esperar até aos últimos minutos da última jornada e ver o Sporting campeão virtual para, apesar da folgada vitória (4-0 ao Belenenses) ficar a um ponto do FC Porto. Já esta época, e depois dos jogos no Dragão e na Luz e da (desnecessáriamente) sofrida eliminatória contra o Fátima, temos os jogos com a Roma e Manchester (principalmente com a Roma em Alvalade), que me transmitiram um sentimento de frustração imenso.

Por outro lado, começo a pensar que a excelente formação do Sporting não lhe é tão favorável quanto isso, até, pelo contrário, dá muito prejuízo. Eu ponderava fechar a academia de Alcochete, para evitar mais Simões, Quaresmas, Ronaldos e Saleiros ávidos de eliminar quem os fez para o futebol.

Enfim, sofre-se muito mas é um orgulho que mais ninguém pode sentir, este que é ser do Sporting Clube de Portugal!

2 comentários:

A MAGIA DO FUTEBOL disse...

Manchester United 2 Sporting 1: Ainda Abel não marcara em Old Traford e quase que se adivinhava que este jogo seria a feijões – no sentido que o Sporting acontecesse o que acontecesse iria para a Taça UEFA - porque a Roma vencia em Kiev. No entanto como o golo de Abel surgiu aos 21 minutos e no outro jogo o 0-1 ainda se mantinha houve ainda uma ténue esperança que o Sporting pudesse sonhar com o apuramento para a próxima fase. Mas o 0-3 na Ucrânia chegou antes dos 40 minutos e fez com que este fosse o jogo mais fácil de assistir na temporada leonina de 2007/2008 porque afinal era mesmo a feijões.
Apesar de o Sporting ter feito um jogo “jeitoso” a verdade que é que o resultado acabou por ser justo porque não fomos capazes de canalizar jogo suficiente para a zona onde se decidem os jogos, ou seja, na área adversária. Isto apesar de termos feito o 0-2 e não me venha dizer que o Liedson tinha o cabelo em fora de jogo.
E fomos novamente derrotados por Cristiano Ronaldo. Não me sinto minimamente chateado com o feito do 7 do Manchester nem com aquela cara de gozo após o golo nem muito menos por fazer “queixinhas” ao árbitro por ter agarrado Marian Had, nem ponho em causa o seu sportinguismo e muito menos o seu profissionalismo, só queria saber se sentados nos vossos sofás bateram palmas ao marcador do golo que nos derrotou. É que desta vez até podiam... era a feijões!

Luís Guerreiro disse...

Desta vez não bati palmas porque não pude viajar para Manchester (e no sofá talvez fosse um bocado ridículo), em Alvalade apaudi de pé um jogador que admiro muito, embora vestisse de vermelho e marcasse ao meu (e seu, dele) Sporting.

Quanto aos feijões, talvez fosse mesmo a feijões... mas muitos milhões deles. Trezentos mil euros em "feijões", mais precisamente, e o "orgulho" em jogo.

Admito que o resultado tenha sido justo. O Man United jogou mais, melhor, foi mais produtivo. Mas teria sido igual com o 0-2? E se O'Shea tivesse levado o amarelo? E se a falta que deu origem ao golo não tivesse sido marcada? Enfim, cada uma por si acaba por ser só mais uma incidência do jogo. Nenhuma, por si, levanta grandes ondas. São situações que todos assumimos como dúbias e damos o benefício da dúvida (que o auxiliar não deu ao Liedson como deveria ter dado). Mas se, ao "azar" que temos tido, juntarmos todas estas situações, torna-se, como foi, impossível, mais uma vez, chegar aos oitavos...

Resta ver o que vamos fazer na UEFA.