sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Teoria das Esferas...

Bom, pensei nisto ontem à noite. Não é uma teoria muito aprofundada ou que cubra todas as nuances do assunto que pretendo expor, mas creio ser suficientemente fundamentada para contribuir para a reflexão do leitor mais interessado.

O tema são as relações pessoais. Na minha perspectiva, temos duas formas de olhar para estas : Ou, de forma fragmentada, fechando cada tipo de relação numa esfera, ou, por outro lado, de forma aberta, admitindo que as relações têm coincidências e sobreposições, ou seja, para ser mais simples, que o que fazemos com um amigo ou amiga pode ser também ( Não na totalidade das coisas, como é obvio ) o que fazemos com um namorado ou namorada. Perfilho, da segunda opcção.

Assim sendo, considero que ainda que a cada relação corresponda uma esfera, estas são abertas, claramente abertas, porque encontro várias sobreposições entre uma e outra esfera, uma e outra relação. Existem muitas coisas que fazemos com uma amiga e com uma namorada. Mais, esta abertura das esferas relacionais remete-nos para a ideia da mobilidade entre as mesmas, e de, na realidade, ser sempre possível, saír de uma esfera e entrar numa outra. Contudo, esta temática daria " pano para mangas " e não seria opurtono aprofunda-la aqui, para que não nos desviemos do centro do Post. Noutra ocasião tencionarei ir mais a fundo sobre isso.

Cingindo-nos à sobreposição relacional, exemplifico: Quase de certeza que o caro leitor, já teve uma amiga ou um amigo, que iniciando uma relação de namoro deixaram de fazer um conjunto de coisas que faziam, alegadamente, por respeito à pessoa com que iniciaram a relação. Por exemplo, uma rapariga que ia muitas vezes jantar fora e ao cinema com um amigo ou outro, ao ter um namorado, pode eventualmente, deixar de ter essas saídas. Ora ai está : A pessoa deixa de fazer essas coisas porque há sobreposição. Porque o que fazia com os amigos será também uma coisa que faz com o namorado. Existe um conjunto de coisas, que se nos apercebermos fazemos com uma melhor amiga e que depois fazemos com uma namorada, aliás, diria eu, que com excepção de uma parte física ( Na sociedade de hoje, obrigo-me a dizer, e não é sempre ) a maior parte das coisas são coincidentes.

Ninguém duvida no entanto, que muitas vezes, por respeito à pessoa com que nos relacionamos devemos restringir algumas coisas das que habitualmente fazíamos. A mestria, está em como fazemos as transições " esféricas ". Conheço pessoas que de 4 ou 5 " curtes mensais ", começam um namoro longo, e deixam até de falar com as antigas " curtes ". Aí temos um exemplo de grande sobreposição das esferas. Conheço também pessoas, que ajustando alguns pormenores, mantêm a mesma dinâmica tendo ou não tendo namorado ou namorada. Existia ai, ou uma menor sobreposição, ou então uma sobreposição muito grande que as partes não querem abdicar e mudar.

Em suma, o que quero dizer, é que na nossa vida não é possível compartilhar e fragmentar todas as relações. Não há relações só de amigos ou só de namorados. Todas as relações têm uma componente de mobilidade, por um lado, e de sobreposição e coincidência por outro. Não se passa de amigo pa namorado instantaneamente. Existem estágios intermédios.

O problema coloca-se quando as transições não são bem feitas. Existem dúvidas. É preciso manter as duas esferas, manter os amigos e a namorada, manter os príncipios e valores, manter a personalidade, acrescentar um maior respeito pela outra pessoa. É preciso que tudo seja claro e gradativo. É preciso que saibamos ajustar sem cortar. Subtrair sem anular.

Convido-vos à reflexão e, claro está, ao comentário sobre isto. Como vos disse é apenas mais uma teoria ou opinião. Faço gosto em que a possamos debater aqui. Eu e o leitor.

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu acho que as pessoas não deviam "precisar" de mudar de habitos por terem namorado/a... Mas se não conseguem deixar de ter certar atitudes por respeito a si, no minimo por respeito aos outros, no caso deveria ser uma pessoa "especial".
Beijinho Mariana

RC disse...

Olá Mariana!

Se me permites, mesmo apesar de não te conhecer, arriscaria dizer que há uma pequena ferida por cicatrizar nesse teu coraçãozinho.

Beijinhos do palhacito

Anónimo disse...

Eu acho que realmente tudo seria melhor se conseguissemos manter as tais esferas de amizades e tudo mais mas quando se tem namorada/o há sempre duvidas em relacao ás mesmas...digamos que concordava melhor se o parceiro pudesse participar nessas esferas, axo k ñ deve haver esferas distintas, pk não inserir o parceiro nexa mesma esfera como por exemplo n kaso d ter o hábito d ir ao cinema kom 1 amiga/o, pk ñ levar o parceira/o? kom isto ñ kero dixer que o parceira/o passaria a participar em tds os kirkulos d amizade mas ajudava no que toka á desconfiança, ciumes etc axo que tornava 1 relacao + saudavel nalguns kasos klaro!assim podia evitar s o anulamento d esferas.

Beatrix