sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Tributo a uma lenda viva

Hoje fui ao dentista e, enquanto aguardava a hora, pus-me a ler uma daquelas "revistas de sala de espera" às quais, parece, também chamam de "imprensa cor-de-rosa". A páginas tantas, deparo-me com um artigo, o qual, mal li o título (e o título foi mesmo a única coisa que li, para além das legendas das fotografias), me fez imediatamente ter perfeita consciência de que, de facto, em todas todas as àreas se pode fazer a diferença e elevar, a si, a uma causa, a uma nação, aos píncaros. E fazê-lo sem trapacices ou imposturas. Sem presunção ou falsas modéstias.

De "Os Pastilhas" ao Inter de Milão: a história de um mito, lia-se.

Li e de imediato me apercebi de que, de facto, Luís Filipe Madeira Caeiro Figo, com o qual partilho a nacionalidade, o sportinguismo, a paixão pelas suecas, os dois primeiros nomes e o jeito para a bola, é um fora de série como, estou em crer, nunca houve em Portugal.
Um jogador absolutamente extraordinário e um homem que se destacou em quase tudo o que fez (leia-se, naquilo que é do conhecimento público).

Quando se diz que Figo foi d'Os Pastilhas ao Internazionale, há que não esquecer o seu percurso: Sporting CP, FC Barcelona, Real Madrid CF, para além da Selecção Portuguesa (mas cada vez menos) de Futebol, na qual detém o recorde de internacionalizações, ou seja alguns dos melhores, se não os melhores, de cada país. E em todos estes foi figura de proa chegando mesmo a ganhar o prémio da FIFA para o melhor jogador do mundo em 2001. O mítico número 7, eterno capitão, foi o grande lingote da, chamada, geração de ouro e alcançou um reconhecimento internacional como, até hoje, nenhum outro desportista português foi capaz ou sequer o mereceu.

Quis apenas partilhar convosco a minha admiração pelo homem e pelo jogador. Um dos muitos grandes portugueses, porque também o desporto interessa.


P.S.- Em breve, o regresso da saga De Volta a Casa... (Ou Lembranças de Estocolmo)

4 comentários:

Luís Guerreiro disse...

Nesta fotografia não vos faz lembrar Jarod, de The Pretender?

Pedro Correia disse...

Lenda viva mas que já fez as malandriçes do rapaz Binya. Recentemente acabou com a carreira do Gimenez do Saragoça e meteu o jogador do CSKA no hospital.
Deu muito à selecção e fez muito pelo nome de Portugal. Considero que já foi o melhor do Mundo, mas como homem não lhe reconheço essas qualidades

Ninguém me consegue tirar da cabeça a imagem de um "Pesetero".
Será também sempre aquele jogador que festejou efusivamente um golo no banco contra o Sporting num jogo que pouco valia. E que simplesmente não volta ao Sporting por condições salariais.

Tiago Mendonça disse...

Luís Figo foi para mim o grande ícone do futebol português nos últimos 15/20 anos. Penso que ultrapassou mesmo o reconhecimento alcançado por Paulo Futre. Mais que Figo só mesmo Eusébio.

Contudo, existem um conjunto de outros jogadores da Geração de Figo, que também merecem o destaque. À cabeça Rui Costa. Também ele teve uma carreira diferente, mas brilhante. Não teve nos dois maiores clubes de Itália é verdade. Mas ninguém duvida que poderia ter estado, simplesmente manteve-se fiel ao Milan. Teve a ombridade de no final da carreira, concretizar o seu sonho e o nosso sonho enquanto benfiquistas : Vir para o Benfica, ainda em condições de ajudar o Benfica.

Vítor Baía : Na altura que esteve no Barcelona, aliás acompanhado por Couto e Figo, foi considerado unanimemente como o melhor guarda-redes do mundo. Após essa experiencia voltou ao clube do coração que ajudou a ganhar muitos títulos. Mais, preferiu o banco do Porto à titularidade de um Bétis de Sevilha. Isso diz muito. Aliás, não prejudicando a ideia da fundação de Figo, mas vejo em Baía um homem com H grande sempre disposto a ajudar os mais precisam.

João Vieira Pinto- Se um triste alemão não o tivesse dispenado do Benfica, ainda hoje lá estaria e, espantem-se, que falta faria! Um jogador de uma classe ímpar. Teve convites a choverem do estrangeiro. Imensos. Preferiu sempre ficar no Benfica, ao ponto de se dizer que assinou um contrato " vitalício ". Mais vitalício que o de Simão. Que ainda assim percebo mais do que Ricardo.

Foi com estes e outros craques que começei a ver futebol e a gostar de o fazer. Por muito que Cristiano Ronaldo faça nunca terá a classe de Figo, Rui Costa ou Baia. Não respeitou 6 milhões de portugueses na sua própria casa. Isso bastaria. Mas quando a Ronaldo, veremos se engano, espero que sim a bem da selecção nacional, mas daqui a 2 ou 3 anos comprovar-se-á que foi um flop. Quando digo flop não será no sentido imediato da palavra. Considero que Ronaldinho Gaúcho, e sempre o disse, apesar em duas épocas ter sido o melhor jogador do mundo, foi um flop. Antes das duas épocas fez pouco. Depois das duas épocas já não é o jogador nuclear do Barça. Nani nunca vi nada. Quaresma quando teve no estrangeiro não vingou, mas hoje é um dos grandes jogadores da BWIN Liga.

Mas há nomes do futebol mundial que não se esqueçem, eis alguns : Costacurta, Maldini, Hierro, Guardiola, Dessaily, Luis Enrique, Hagi, ( De La Pena, admirava-o imenso quando apareceu no Barcelona, este não atingiu a espectacularidade dos outros, nem pouco mais ou menos, mas sempre gostei do jogador e acompanhei a sua carreira ) George Weah, Ravanelli, Vialli, Del Piero, Baggio, Ronaldo, Papin. E depois os incontornáveis, Van Basten, Klinsmann, Maradona, Pelé, Eusébio e Cruyff.

Abraço para todos !

Anónimo disse...

O Luís Figo... É sem dúvida o melhor! De sempre.