domingo, 27 de janeiro de 2008

Sobre credibilidade...

Fica aqui um comentário meu, a um post do PSICOLARANJA postado pelo autor Bruno:

"Caro Bruno,

Em primeiro lugar uma palavra para a imagem que escolheu, é bem sugestiva, e ilustra bem a ideia de confiança.

De facto, muitas vezes, o nosso voto é uma carta branca que depositamos, muitas vezes sem "ver", ou por falta de informação ou por falta de interesse ou ainda por não nos quererem deixar ver. Temos de confiar, confiar na seriedade dos políticos. Mas será que há razões para isso?

Começando nas Juventudes Partidárias, claro que não. O meu texto JSD-Defeito de Fabrico no blogue já aqui publicitado em outras ocasiões, penso que ilustra bem os problemas do sistema. Depois os Jotinhas são vistos como uns aldrabões, que querem salvaguardar o futuro porque não se conseguem qualificar pelas vias normais. E a resposta que essas organizações dão, inclusive a JSD, é muitas vezes essa mesmo : As pessoas vão para a estrutura e em vez de qualificarem, desqualificam-na e tentar obter proveitos pessoais de uma actividade que deveria primar pela nobreza que as funções políticas acarretam.

Passamos para o Governo, e nada muda. Não serão aumentados os impostos. Não vão desaparecer as SCUT'S. Vão ser criados 150.000 mil postos de trabalho. Nenhuma promessa cumprida. As pessoas desacreditam e com razão. Não encontram credibilidade no presente nem esperança no futuro.

Vamos até á Presidência da República : Jorge Sampaio. Uma das maiores estratégias partidárias que já assisti. Primeiro os interesses de um partido, a quem não dava jeito Ferro Rodrigues, claramente derrotável por Santana Lopes, mas antes um José Sócrates com a papinha feita depois de 6 meses de mentiras e antes da entrada numa fase mais acessível do mandato. Os interesses das portuguesas e dos portugueses não valeram de nada.

Mas será que nada se aponta às pessoas? Claro que sim. As elevadas taxas de abstenção são inibidoras de depois as pessoas, legitimamente, apresentarem as suas críticas. Não escolheram. Desinteressaram-se do acto eleitoral, com que moral podem agora criticar ou aplaudir quando não cumpriram, tão pouco, com o mais elementar dever cívico?

É preciso, urgentemente, vencer a batalha da credibilidade. Os políticos devem ouvir mais as pessoas. Estarem mais próximos, dizer a verdade e terem a coragem de assumir as medidas que tencionam tomar. As juventudes partidárias devem empenhar-se em Ganhar o Futuro, ganhar esta geração, ao invés, das tricas, das acessorias, das aventuras e desventuras do nosso país. Devem ser uma escola, uma boa escola, das futuras políticas e dos futuros políticos de Portugal."

Achei que deveria compartilhar este comentário convosco, porque o conteúdo do mesmo poderia muito bem revestir a forma de um post, pelo que, desta forma, por um lado dou a minha opinião sobre a credibilidade da política e dos políticos e por outro lado sugiro a leitura deste e doutros post's no blogue Psicolaranja.

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