domingo, 11 de maio de 2008

A Fome de Poder

As ditaduras ao longo de toda a História da Humanidade demonstraram-se mais interessadas em liquidar a sua fome de poder do que a fome e as carências dos povos que suportavam regimes autoritários. Se o povo é a legitimação prioritária de qualquer regime, o regime independentemente da forma deve ser o primeiro a interessar-se pelas condições do seu povo.

As notícias de que os governos e as organizações não governamentais estavam a ter grandes em fazer chegar a Myanmar - antiga Birmânia - ajuda humanitária devido a receios da junta de militar da entrada de jornalistas e possíveis fugas de informação ou implementação de ideologias através da ajuda humanitária chocaram o mundo pela crueldade em que o poder rejeitava ajuda enquanto via o seu povo dilacerado. Contudo, a notícia de que o regime colocou nomes de generais do regime nas caixas de organizações humanitárias de forma a fazer propaganda ao regime é absurda de mais para o mundo ficar chocado, trata-se de um paradoxo que leva o elementar cidadão pensar sobre as formas de regime e a realização plena do bem para o povo.

Felizmente a ajuda internacional não deixam de chegar a Myanmar, pela muita coragem dos que a fazem lá chegar, pois a pressão do regime, a propaganda ilegítima do regime em bens que não tiveram desde o ínicio uma única forma de abertura do regime para a ajuda chegar às populações e a possibilidade de muitos bens não poderem chegar às populações afectadas, mas sim às mesas de banquete dos generais do regime poderiam levar a uma desistência da ajuda. Por isso que quando se fala em crueldade no mundo actual defendo que nunca na História o Homem importou-se tanto com o seu semelhante do que actualmente.

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Tibério

Acaba de ser nomeado para o prémio de frase que mais vezes usa a palavra "regime". Parabéns!

Força nessas vírgulas já agora. Fiquei sem fôlego...

Tibério Dinis disse...

Obrigado pelo repara caro Rodrigo, espero não ter usado tantas vezes como Paulo Bento tranquilidade - lapsos e cansaço para uma segunda leitura.

Quanto às virgulas - resquícios de Saramago...

Cumprimentos