Faço parte do grupo de sépticos sempre que se fala em grandes investimentos públicos, na dúvida prefiro optar pelo seguro do que por opções vanguardistas, como se in dubio pro reo se trata-se
Terminada a discussão do aeroporto - que manifesto-me contra, acho que não se explorou a viabilidade de Portela+1 - segue-se a questão da nova ponte sobre o Tejo. A ponte tem um aspecto particular, não é um investimento autónomo, mas um investimento paralelo aos dois grandes investimentos - aeroporto e TGV. Tendo o governo recuado na decisão do aeroporto não se pode esperar o mesmo em relação à ponte, tratar-se-ia de duas derrotas consecutivas para o Ministério das Obras Públicas e em geral para todo o executivo.
Não consigo compreender a febre pela ponte de seis faixas de rodagem, duas linhas para comboios convencionais e duas para comboios de alta velocidade. Analisando cada um dos aspectos, a Ponte Vasco da Gama inaugurada à uma década ainda está aquém do seu limite máximo de tráfego e não atingirá o seu limite na próxima década, também é importante não esquecer que a construção de uma travessia rodoviária implicará o pagamento de avultadas indemnizações à LusoPonte que detêm o exclusivo da travessia rodoviária. Outro aspecto não menos importante resume-se à capacidade que Lisboa tem em absorveu tamanho tráfego rodoviário, as saídas/entradas da cidade já estão perto do congestionamento total e não há capacidade de estacionamento na Capital, se actualmente está caótico quanto mais com mais umas quantas dezenas de milhar de veículos por semana. Quanto às vias férreas e sem querer entrar na discussão do TGV - fica para mais tarde - consta que o executivo não abdicará de ligar o país à rede de alta velocidade. Assim, sendo no limite encontro apenas motivos para uma travessia ferroviária. Não compreendo o porquê da hipótese travessia ferroviária com possibilidade de a médio e longo prazo estender-se também a rodoviária não ter sido colocada
Tenho
O transporte rodoviário não aumenta significativamente da noite para o dia, assim, quando a Vasco da Gama estivesse com tráfego de 85/90% proceder-se ia à reestruturação da ponte ferroviária podendo receber também veículos. A isto chamo racionalidade na aplicação dos dinheiros públicos tendo em conta as reais necessidades do país.
domingo, 13 de abril de 2008
A Ponte
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1 comentário:
Um séptico é mal-cheiroso.
Também por causa disso sou um bocado céptico em relação aos sépticos.
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