Na Edição da Noite da sic notícias, discutia-se o caos instalado no PSD. O convidado era o (saudoso) Pedro Santana Lopes. A conversa estava interessante (como seria de esperar, com Santana) e tocavam-se pontos fundamentais acerca do assunto que, directa ou indirectamente, afecta e diz respeito a todo o país e não só aos social-democratas. A decisão editorial foi interromper a entrevista (de interesse público) para mostrar a chegada folclórica de José Mourinho (de interesse popular).
Santana Lopes, não vai de modas: explica as suas razões, pede desculpa e recusa-se continuar a entrevista. BRAVO!!
"Acho que o país está doido", diz... também eu, tio Pedro, também eu.
Tiago, lanço-te o desafio para que te alongues acerca do assunto.
Santana Lopes, não vai de modas: explica as suas razões, pede desculpa e recusa-se continuar a entrevista. BRAVO!!
"Acho que o país está doido", diz... também eu, tio Pedro, também eu.
Tiago, lanço-te o desafio para que te alongues acerca do assunto.
3 comentários:
decisão com todo o fundamento e apoio da minha parte, não faz qualquer sentido, num canal como este especialmente, assuntos de mera cusquice e parasitismo jornalistico sobreporem-se a assuntos políticos.
de facto é de um senhor sério e digno como este que secalhar precisamos para ir em frente e para muita gente abrir os olhos para o que realmente importa.
força santana \o/
Mourinho e Santana...qual deles o mais importante?
É de facto lamentável o que aconteceu na entrevista, mas antes de começarmos a atacar os jornalistas e a apelidá-los de «parasitas», é preciso compreender o que está por trás de todo o negócio jornalístico. É verdade...o jornalismo é um negócio como tantos outros. No jornalismo os números contam, as audiências contam, o lucro é fundamental. Sem dinheiro os caríssimos leitores deixariam de ter acesso ao que se passa no mundo, porque simplesmente não haveria condições para manter mão-de-obra, equipamento, serviços noticiosos..enfim, uma redacção. É muito fácil acusar quando se está de fora. Há uma série de decisões editoriais que têm de ser tomadas diariamente...e rápido. Os jornalistas lutam contra o tempo para terem a informação actualizada para melhor servir o leitor. Na base de uma escolha editorial está o valor-notícia. Neste caso, debruçamo-nos sobre a notoriedade do agente principal do acontecimento. Como todos sabemos, o Mourinho tem estado a semana toda a fazer manchete nos jornais nacionais e internacionais. Páginas e páginas têm sido escritas. O leitor exige saber o desenrolar dos acontecimentos. O Dr Pedro Santana Lopes tem andado «desaparecido»...digamos assim. Apesar da crise do PSD, assunto de grande importância, a verdade é que o Mourinho dá mais audiência. Depois também temos a questão da notabilidade, ou seja, a qualidade de ser visível. E quer queiramos quer não, o Mourinho é mais visível. Pelo menos neste momento. Como diz a jornalista da SIC, o que aconteceu foi por decisão editorial. E a verdade é que o que aconteceu com o Santana só ajudou à festa. As audiências despararam...é irónico. Mas é assim que funciona. Somos atraídos pelo escândalo, pelo inesperado...Foi de mau tom, foi uma falta de respeito, concordo. Mas a verdade é que o Mourinho rehabilitou o Santana...Há males que vêm por bem! Pensem no lado positivo. Vivemos num mundo capitalista. Não vamos ofender a classe jornalística quando todos sabemos que em algum momento da vida há escolhas difíceis que têm que ser feitas. Podem não ser as mais acertadas, mas são as que dão lucro. E ninguém entra num negócio para perder.
Lembrei-me de acrescentar algo ao meu comentário de ontem...Para além da questão do negócio, incontornável, há algo que pesa contra o Dr Pedro Santana Lopes...o caro «tio Pedro» adiou a entrevista! E porquê? porque o sporting jogava e ele não podia perder o jogo...afinal o futebol é mais importante até para o ex-primeiro-ministro de Portugal!!!
Não nos esqueçamos também que Santana Lopes já tinha falado nesse dia e nada de novo foi dito. Não se passava nada no PSD que já não fosse do conhecimento de todos. A SIC errou, mas não sejamos tão cruéis para os jornalistas...
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