sábado, 22 de dezembro de 2007

Comentários Anónimos

Gerou-se alguma discussão nos últimos dias, a propósito de um conjunto de comentários feitos por anónimos, ao post " Ditadura ", sobre o facto de deverem ou não deverem ser permitidos comentários anónimos e sobre a credibilidade dos mesmos.

Pois bem, eu entendo, e penso ser extensível aos meus companheiros de escrita (ontem pela primeira vez reunidos, presencialmente, depois do aguardado e feliz regresso do Pedro ao nosso grande luso pequenino ) que devemos aceitar comentários anónimos. Muitos e muitos blogues não aceitam este tipo de comentários, alías blogues bem conhecidos e da autoria de pessoas de insuspeitável espírito democrático. Contudo penso que assim o blogue abre a porta a um conjunto de pessoas que não tem conta no Google e que dessa forma não poderiam comentar, tornando os comentários mais rapidos e acessíveis. Acaba por ser essa a principal razão, pois não posso compreender que as pessoas se refugiem no anonimato para tecer certo tipo de comentários. Pelo menos não em regra. Se uma pessoa vem aqui ao blogue testemunhar sobre alguma situação, suponhamos, do seu emprego, revelações importantes e úteis à discussão em causa, e ,obivamente, não sequer identificar sob pena de represálias no seu posto de trabalho, eu, pelo menos, considero aceitável o comentário anónimo. Pelo contrário se alguém vem ao blogue, com o intuito de puramente incendiar os post's ou injuriar/difamar os seus autores, então, deve identificar-se.

Identificação por duas razões : Em primeiro lugar, por uma questão de lealdade. Se nós nos identificamos e colocamos ao dispor todos os dados relevantes sobre nós próprios é justo que a pessoa que discute ideias connosco também o faça. Por outro lado, porque os comentários quando não assinados perdem a força e a credibilidade. Uma carta anónima e uma carta assinada tem valores, jurídicos e não só, comletamente diferentes.

Por tudo isto, confiando na inteligência e prespicácia das nossas e dos nossos leitores para distinguirem o comentário que justifica anonimato e o que não justifica, apelo a que as pessoas se identifiquem quando comentam, ainda que saiba que neste meio cada pessoa pode dizer que é quem quer. Contudo, não creio que quem nos lê e comenta seja mentiroso/a.

10 comentários:

Anónimo disse...

Páginas 16, 18, 19...não se esqueçam de pôr as fontes consultadas para a elaboração das notícias. Assinam os Batistas ou o Monteiro mas não vejo nada no que diz respeito às fontes. Estranho isso uma vez que já tinha lido as notícias noutros jornais/sites (e nesses casos as fontes vinham referidas).

Anónimo disse...

Obviamente o comentário do Anónimo das 10:24 diz respeito à edição do Grande J.

Tiago Mendonça disse...

Caro Mariano,

Efectivamente, se ler algumas das edições anteriores do jornal, existe uma referência às fontes. O que acontece é que muitas das vezes as notícias que lemos em bruto nos jornais são depois transformadas. Outras acontece que não, e que o que existe é uma pura colagem, até porque, exemplificando com economia, consideramos mais útil, em termos informativos, citar um perito na matéria do que nos alongarmos em dissertações sobre algo que não dominamos totalmente. Contudo a ausência de fontes é um erro. Penso que será corrigido na próxima edição. De qualquer forma, no caso da página de Economia, a fonte foi o Diario Económico. Agradeço-lhe, sinceramente, o comentário e o facto de nos ter chamado a atenção.

Feliz Natal.

Anónimo disse...

Tiago,

"Outras acontece que não, e que o que existe é uma pura colagem"

Exactamente por isso é que as fontes devem aparecer sempre e é grave quando tal não acontece.

Ainda estão a tempo de corrigir o pdf.

Cumprimentos e um Feliz Natal também para o Tiago e para toda a equipa do jornal e do blog

Tiago Mendonça disse...

Sem dúvida caro Mariano. Nesta edição, em especial, foi esquecida a referência das fontes. Um erro grave, concordo.Não voltará a acontecer por certo.

Excelente natal e óptimo 2008 para si e para os seus.

Jorge Batista disse...

Foi uma questão que os editores abordaram mas que, devido à transformação enorme que os artigos que são escritos num tom informativo e não dissertativo sofrem, decidimos não divulgar as fontes utilizadas.

Dou o exemplo das páginas que referiste e que eu sou autor: No desporto, por exemplo, basieie-me em não menos de 3, 4 fontes diferentes - jornais desportivos online ou mesmo edições impressas. Com eles construí, como desde sempre nessa secção, um texto informativo sem nunca existir essa colagem pura que foi dita mas sim a construção cuidada e um resumo das principais ideias retiradas das várias fontes.

O mesmo posso dizer que foi feito no sector da tecnologia nas últimas duas edições, onde, especialmente na edição anterior, existiu pouca colagem e houve um misto de informação e crítica pessoal nos artigos. Nesta edição houve sem dúvida mais intenção informativa se bem que sem copiar artigos de diversas fontes, sem qualquer tipo de ilegalidade ou plágio.

No entanto, por uma questão de bom senso, penso que seria uma boa ideia voltarmos a debater este assunto, que agradeço sinceramente teres referido, uma vez que nos poderá permitir melhorar ainda mais e torná-lo o mais profissional possível. Talvez, já nas próximas edições, o façamos nos artigos em que usarmos em excesso a utilização de dados de determinados jornais, sites ou outro tipo de fontes, uma vez que a cópia integral de artigos nunca foi e nunca será nossa prática e intenção. Tentamos nunca utilizar textos que os nossos colaboradores elaboram e que se verificam que são a tal pura colagem que o Tiago referiu mas que penso que raramente tal existiu, e que no futuro faremos por não permitir.

Um abraço, feliz Natal e bom 2008.

Anónimo disse...

Ok Jorge!

Eu disse que era grave mas também não vale a pena transtornarmo-nos com isso. Deixa-me só acrescentar que mesmo que o número de fontes aumente continua a fazer sentido citá-las.
Imagina um "paper"...sem dúvida que existe um trabalho criativo associado mas as referências não deixam de lá estar. Isso sucede exactamente para que se distinga o que é novo e pessoal e acrescentado pelo autor da tese da "prior art" previamente publicada.
Ao referenciar, sustentas e enriqueces o teu trabalho e dás oportunidade ao leitor de se informar acerca daquilo a que se chama em português "o estado da arte".
Claro que o Grande J não é um "paper" mas se pretende ser um trabalho sério...referências não podem faltar.

Cumprimentos a todos,

Hugo M.

Anónimo disse...

Antes que me esqueça, deixa-me só deixar mais um lamiré que acabou por esquecer.

Plágio não tem que ser a cópia integral...e aí entramos numa zona cinzenta e complicada de definir como já deves estar a imaginar.

De qualquer das formas, a única forma de te colocares à margem de qualquer suspeita relativamente a plágio, a única forma de primares pela transparência e saires da perigosa "zona cinzenta" é exactamente citares toda e qualquer fonte.

Cumprimentos,

Hugo M.

Jorge Batista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge Batista disse...

Mais uma vez agradeço a sugestão e reparo muito construtivo. Será tido em conta, se possível, nas próximas edições, de forma a tornar este jornal mais profissional.

Concordo que, sempre que haja uso em demasia de certas frases ou ideias copiadas de fontes, as mesmas deverão passar a ser citadas, mas é algo cujos termos ainda se têm de discutir e aprovar.

Boas Festas.