Mas que três !

Cristiano Ronaldo, que esta semana voltou a "traír" o seu ex-clube na Champions, está seleccionado para os 3 finalistas que podem ser eleitos Melhor Futebolista de 2007 ao lado de Kaka e Messi. Este importante prémio da FIFA, que é fruto da votação por parte dos seleccionadores e dos capitães de todas as selecções do mundo, tendo assim pela primeira vez um âmbito planetário, já foi atribuído 51 vezes. Na lista de vencedores, destaque para as presenças do francês Zinedine Zidane e do brasileiro Ronaldo que venceram o prémio em três ocasiões. Também nomes recentes como Fábio Cannavaro ou Ronaldinho Gaúcho figuram na lista de vencedores que, em duas ocasiões, galardoaram portugueses: Eusébio, premiado em 1965, e Luís Figo, vencedor da edição de 2000.

Os três jogadores agora anunciados são também dados como ocupantes do pódio para o prémio da France Football - Bola de Ouro 2007 - e noticiaram já que o brasileiro Kaká será o vencedor, precedendo Cristiano Ronaldo, enquanto o argentino Leo Messi ficará com o terceiro posto. Segundo os mesmos, o marfinense Didier Drogba e Andrea Pirlo ocupam os lugares seguintes (4ª e 5ª posição respectivamente). Deco e Quaresma, este último o único que actua na BWin Liga, eram os outros ditos portugueses que integravam essa lista cujo vencedor será confirmado oficialmente no próximo domingo em Paris.

Esperemos, portanto, que o desfecho da votação da FIFA seja diferente das apostas da imprensa internacional, que unanimemente, quer em Espanha, França, Itália ou Brasil, declaram Kaká como provável vencedor. Como eles, o nosso seleccionador Scolari mostrou toda a sua admiração que dizia ter do seu "minino" Ronaldo, quando o proclamava como melhor do mundo, ao ter votado no seu compatriota Kaká. Mais uma atitude inconstante do homem que questiona se é burro e ruim, que mostrou também recentemente o quão inconstante é com a sua novela de fim de contrato: afirma a jornais brasileiros que sairá de certeza, enquanto por cá continua a dizer que talvez renove. Se é para continuar com esta mentalidade irregular e contraditória, assim como as pobres exibições da nossa seleção, que saia enquanto Portugal não passe por uma vergonha... era dispensável!

Voltando ao assunto inicial, já era, sem dúvida, motivo de orgulho nacional se o jovem português, formado nas escolas do Sporting e que soma já na sua curta carreira inúmeros prémios como o de Jovem Jogador do Ano 2005, 2º melhor jogador jogador jovem do Mundial da Alemanha ou Melhor jogador jovem da Liga Inglesa por 3 vezes e Melhor Jogador a actuar em Inglaterra em 2007, consiga o tal não menos honroso 2º lugar no pódio. Kaká e Messi têm igualmente enorme talento e valor, sendo árdua a decisão de escolher o melhor do trio fantástico que, é importante realçar, são ainda extremamente jovens. Kaká é de facto o mais "velho" uma vez que tem 25 anos, enquanto Ronaldo e Messi apenas 22 e 20 respectivamente. Um bom indicador e que provavelmente continuará a persistir nos próximos anos, dada a tenra idade das novas estrelas que começam a despontar por todo o mundo.

Dia 17 de Dezembro, em Zurique, saberemos se de facto Kaká sairá vencedor, ou se o samba será outro com o nosso Ronaldo a ser distinguido entre os melhores dos melhores. Se não for desta, de certeza que no(s) próximo(s) ano(s) a sorte lhe sorrirá se mantiver, pelo menos, o nível que nos tem habituado.

Para finalizar, aproveitando a abordagem de assuntos futebolísticos, assim como a "guerra" luso-brasileira protagonizada pelos actores Kaká e Ronaldo ou as polémicas em torno de Scolari e as suas decisões, apenas uma pequena nota: o resultado da sondagem realizada no nosso blog em relação à chamada de Pepe à Selecção Nacional de Futebol. A grande maioria das pessoas (84%) não acha correcta essa chamada uma vez que, tal como Deco, são jogadores brasileiros que se naturalizaram recentemente. De facto, por essa lógica, daqui a uns anos a nossa selecção seria praticamente uma segunda equipa do Brasil graças à facilidade de naturalização destes cidadãos. O mais provável é que boa parte dos jogadores brasileiros, ao se aperceberem da dificuldade que está na sua internacionalização pelo "escrete" (salvo raras e exemplares excepções como Liedson), se virem para uma opção de recurso que será alinhar pela selecção portuguesa... dá que pensar.
Apesar de habilidosos, todos têm o seu lugar... na sua respectiva selecção!