sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Comentário à Votação

Como manda a directiva do Luís, vou comentar a votação para depois podermos sugerir uma nova votação ao público.

Como sabem nós colocamos sempre uma hipótese que não passa de uma "brincadeirinha". Poderíamos não a colocar, mas acreditem que se o fazemos algum significado tem. Dou-vos o exemplo da votação sobre a Conferência de Bali, onde o Luís, muito bem, ao ter ganho a hipótese da tal brincadeirinha, deduziu que "As pessoas, que agora, mais que nunca, começam a perceber que caminhamos assustadoramente para um point of no return, ainda não têm plena consciência do perigo que a vida que levam representa para o planeta."

Neste caso os 37% dos votos na reunião da Secretaria Geral da JSD Moscavide em Estocolmo evidenciam que para muitos dos nossos leitores não existiu, realmente, um momento marcante neste ano, digno de destaque, pelo menos, não um dos momentos por nós seleccionados.

Contudo, com 38%, a hipótese vencedora foi o Caso Maddie. Um caso que abalou o país e o mundo, com elevado grau de probabilidade o caso mais mediático de sempre relacionado com um desaparecimento. Todos acompanhámos como que se de uma telenovela se tratasse dos desenvolvimentos do caso Maddie. Pontuaram as inúmeras fugas de informação, a tentativa de descredibilização das autoridades portuguesas por parte dos media britânicos e o volte face acerca da condição de Kate e Gerry. Foi este o grande momento do ano para muitos dos leitores do " O Alta Voz "

A medalha de bronze, com 9% dos votos vai para o sim de uma minoria ao Aborto. O referendo, no belo dia 11 de Fevereiro ;), não foi vinculativo e apenas uma minoria disse sim ao Aborto. Contudo, após tantas tentativas, lá conseguiram a vitória do Sim. O Sim porque sim.

Apenas 7% dos Leitores consideraram o desfecho do tratado de lisboa como o grande acontecimento do ano, talvez porque muito poucas pessoas saibam realmente do que se trata, ou talvez por esse momento ter sido empolado por se passar em Portugal sob a presidência de um primeiro-ministro que tudo fez para hiperbolar os resultados desse desfecho escamoteando alguns , graves, problemas internos.

Poucos leitores consideraram um grande momento o regresso do Dr.Santana Lopes à vida política activa, que ainda assim recolheu mais votos do que o escândalo da Universidade Independente que pôs em causa a licenciatura e sobretudo a credibilidade e verticalidade do nosso primeiro-ministro, caso esse, que de forma, diria eu misteriosa, deixou de fazer parte dos nossos blocos noticiosos, sem que, na minha opinião, tivesse existido uma explicação cabal desses acontecimentos.

Um excelente 2008 para todos.

11 comentários:

Anónimo disse...

Olá Tiago,

Já não falávamos há uns dias, não era?! Pois, sabes que à medida que vou lendo os teus comentários e as tuas opiniões, reacções aos comentários que aqui se fazem, cada vez se torna mais aparente que tu não queres debater ideias, mas sim fazer campanha política para ti, e depois para o teu partido. O facto de estares sempre a dizer as mesmas coisas (os teus post sobre a questão da prostituição são vira o disco e toca o mesmo), e de não responderes a perguntas que te fazem directamente nem debateres ideias que te são apresentadas nem prosseguires com a discussão de temas que lançaste e a que te responderam, são exemplo disso mesmo. Acho engraçado no outro dias teres reagido quando te disseram que tu e os teus amigos eram sócio do partido, dizendo de forma veemente que eram militantes pois só os clubes de futebol tinham sócios. Poisa tua abordagem à política parece-se mesmo com uma dedicação clubística (o meu partido é que é bom, os outros são todos maus, etc..). A culpa não é tua de facto, pois é esse o exemplo que os nossos políticos dão, não fosses tu assumidamente fã do Santana Lopes, o expoente máximo do clubismo irracional, do auto-elogia, e da vitimização perante a crítica (já reparaste bem no blogue dele?!), mas é pena que não te consigas afastar desses modelos francamente errados e assim ajudar o teu partido a tornar-se mais do que uma instituição quase religiosa sedenta de poder.

De qualquer forma, vou fazer uma última tentativa de te ouvir a debater e explorar ideias discordantes das tuas. E vou pegar numa questão que discretamente tu e os teus amigos vão introduzindo mas que não ousam discutir (novamente, parece mesmo uma questão de campanha e propaganda, pois lançam uns conceitos fora do contexto e sem os explorarem para ver se alguém os aceita sem questionar), a questão do aborto e do referendo que legitimou a nova lei. Primeiro, umas lições de português que tu pelos vistos bem precisas:

Vínculo:
s. m.,
tudo o que serve para atar, ligar ou apertar;
laço;
nó;
liame;
fig.,
ligação ou dependência moral;

Legítimo:
adj.,
conforme à lei;
fundado no direito, na razão ou na justiça;
lídimo;
autêntico;
genuíno;
lógico;
racional;
diz-se do filho procedente de matrimónio.

Ou seja, o facto de o referendo não ter sido vinculativo significa que a assembleia não fica com a dependência moral de alterar a lei de acordo com o resultado do mesmo, mas que vê legitimada a sua decisão de o fazer. Ora, como o PS tem maioria absoluta, também é legítimo que aprove uma lei mesmo que os outros partidos votem todos contra (o que até nem aconteceu). Ou será que as maiorias absolutas só te incomodam quando são conquistadas por partidos que não o PSD? De certeza que a maioria absoluta do Cavaco não te incomodou, e muito menos a maioria do Durão barroso conseguida através de uma coligação não anunciada com o 4º partido mais voado, ou será que não? Gostava sinceramente de saber!!! Ou talvez o teu problema seja com a forma como a abstenção é encarada, ou seja, como a própria palavra diz, uma renúncia ao acto de escolha, uma indiferença perante o resultado. Nesse caso deverias lutar por um papel diferente da abstenção nas eleições democráticas, mas não atires com essas demagogias de vitórias minoritárias, porque em democracia há vitórias, e essas são legítimas independentemente de quantas pessoas votam e de qual a diferença de votos. Ou tal vez isso não te interesse, porque quando a abstenção joga a teu favor, como aconteceu com o primeiro referendo do aborto, isso já não te incomoda, ou eras demasiado novo nessa altura para te importares com essas questões? Novamente, gostava sinceramente de saber!!!

Para acabar, ninguém faz um aborto porque sim, e essas tuas declarações só mostram como és ignorante no assunto. Conheces alguém que já tenha feito um aborto, ou cuja vida tenha sido destruída por não ter podido fazer um (ou não tenha tido a coragem de ir a uma das muitas clínicas clandestinas para o efeito)? Se conheces e continuas a achar isso, então preocupas-te mais com os teus ideia ditos “morais” do que com o bem-estar das pessoas. Sim, já sei qual vai ser o argumento aqui, até porque vocês já o disseram aqui, mas novamente sem o explorar, que estamos a falar de uma vida humana, etc., etc.. Então Tiago, faço-te uma pergunta (a ti e aos teus amigos, nomeadamente o Luís que foi quem avançou também com esse argumento): o que é a vida?! E a pergunta não é, o que é a vida para ti, mas sim o que é vida de forma geral? E tem cuidado com a tua resposta, porque se para ti distinguir entre sócio e militante é importante, então também é importante usar uma definição que permita de forma inequívoca distinguir um ser vivo de um ser não vivo. Fico à espera da resposta, e tem em atenção que se não responderes estás a fugir ao debate de ideias e a contrariar a tua própria descrição de alguém que gosta de debater ideias discordantes.

P.S.:Já agora, o limite das 10 semanas não é arbitrário como o teu comentário anterior fez parecer, mas prende-se com o risco para a saúde da mãe que o procedimento implica. A partir das 10 semanas torna-se bastante mais perigoso para mãe interromper a gravidez, correndo mesmo risco de vida. E já agora, o termo correcto é interromper a gravidez, e não aborto. Aborto é uma designação depreciativa feita com o objectivo de demonizar um conceito sem justificar porque. É uma manobra semântica de propaganda.

Tiago Mendonça disse...

Caro Lobo Branco,

Já tinha saudades suas. Começava mesmo a ficar um pouco depressivo. Agradeço a sua forma nada arrogante de ir buscar definições ao dicionário. Mas confesso que eu também o fazia. Há uns anos...acho que quando tinha 15 anos.

Bom, a coligação do PSD com o CDS, foi uma coligação do primeiro com o terceiro partido mais votado e não com o quarto. O CDS ultrapassou por umas décimas o PCP. A menos que esteja a considerar a JSD como força partidária. Efectivamente existiam mais deputados da JSD que do CDS-PP. Se assim o pensou, foi bem registado.

Ora bem, este post foi de comentário à votação, por isso toca a falar da interupção voluntária da gravidez, abreviado IVG, aborto no calão. Eu não faria melhor :)

Não lhe vou dar a opinião do ponto de vista legal, aconselho-o a comprar o manual de teoria geral do direito civil, do Professor Pedro Pais de Vasconcelos. No capítulo dos Direitos de Personalidade explica a perspectiva legal.

Agradecido pela explicação sobre as 10 semanas. Sabe a partir de que momento há vida ? Deixo-lhe também a pergunta, copiando aqui, se me dá licença, o seu estilo inquisitório.

Acho que a Assembleia da República, enquanto órgão de soberania, legitimamente eleito tem todo o direito de aprovar a lei do aborto. Nem o tinha que levar a referendo. Compreende-se que tapou mais uns tempinhos as políticas do governo. Entreteve mais um pouquinho.

Eu apenas disse que o referendo não foi vinculativo. Isso é uma realidade. Veja o artigo 115º da Constituição da República Portuguesa.

Acho que contei bem. Vi 5 pontos de interrogação, aliás 6, mas um sem o intuito de fazer pergunta.

Vamos ser directos:

Já não falávamos há uns dias, não era?! Era !

culpa não é tua de facto, pois é esse o exemplo que os nossos políticos dão, não fosses tu assumidamente fã do Santana Lopes, o expoente máximo do clubismo irracional, do auto-elogia, e da vitimização perante a crítica (já reparaste bem no blogue dele?!) Já!

Ou será que as maiorias absolutas só te incomodam quando são conquistadas por partidos que não o PSD? Não me incomodam. Em nenhum partido. Resulta da liberdade dos cidadãos.

De certeza que a maioria absoluta do Cavaco não te incomodou, e muito menos a maioria do Durão barroso conseguida através de uma coligação não anunciada com o 4º partido mais voado, ou será que não? Posta a correcção, não, não incomodou.

Conheces alguém que já tenha feito um aborto, ou cuja vida tenha sido destruída por não ter podido fazer um (ou não tenha tido a coragem de ir a uma das muitas clínicas clandestinas para o efeito)? Basta, relembrar que veio uma pessoa para a televisão dizer que tinha feito mais de 20 abortos e que voltaria a fazer. Estamos conversados.

o que é a vida?! como lhe fiz uma contra-pergunta a esta espero a sua resposta. Depois de responder, dou-lhe a minha opinião combinado? Hoje nem me portei mal. Respondi-lhe a tudo, não pode dizer que não.

Não sou fã do Dr.Santana Lopes. Mas seu fã, para lá caminho.

Anónimo disse...

"Sabe a partir de que momento há vida ?" Não

Agora é a tua vez!

E já agora, podes dar a tua "opinião" mas o que eu te perguntei foi se tinhas uma definição que consegue de forma inequívoca distinguir um ser vivo de um ser não vivo. Só assim podemos definir o que é vida. Depois disso podemos discutir "opiniões".

Tiago Mendonça disse...

Caro Lobo Branco,

Respondo-lhe então no plano biológico:

A vida existe quando há um salto qualitativo do zigoto quando fixado no útero materno. Uninamemente na doutrina isto da-se aos 15 dias do embrião.

Daí, não sendo seguidor, no plano biológico, da teoria da concepcção, ou seja não sou contra a pilula do dia seguinte por exemplo. Mas também não acho que seja o nascimento que defina a vida. O nascimento permite ao bebé entrar para a pólis e relacionar-se com outras pessoas. É um fenómeno muito mais social que biológico. Biologicamente, para a doutrina, a partir destes 14 dias existe vida. Diferentemente, uma parte das pessoas considera que é apenas quando há os primeiros sinais do cortex cerebral que há vida. Seguindo uma ou outra teoria define-se o que é vida no plano científico. Para mim há vida após a 2ªsemana. Por isso o aborto ( pilula do dia seguinte ) nas primeiras 72 horas não me choca ( em termos cientificos e não sociais ).

Espero ter sido suficientemente esclarecedor.

Anónimo disse...

Tiago,antes de mais agradeço-te pela tua resposta directa, e sim, bastante esclarecedora. No entanto,devo-te dizer que isso é a definição de gravidez e não de vida, são coisas diferentes. Por isso a pílula do dia seguinte não é abortiva, pois não interrompe a gravidez, mas é controversa pois "mata" o zigoto.

Mas assumindo que essa é efectivamente um potencial definição de vida, rapidamente verás que tem uma série de problemas como definição universal e inequívoca. Ora vejamos, segundo essa definição, apenas são considerados vida organismos que tenham um sistema de reprodução minimamente semelhante ao nosso. Uma bactéria então não é vida, muitas plantas não são vida, os animais que se reproduzem partenogenicamente (sem fecundação) também não são vida. Pior ainda, no caso das plantas que têm uma fase do ciclo de vida (repara no paradoxo deste conceito) haplóide, e outra diplóide acontece o quê, é vida durante metade do ciclo, e ser inanimado durante a outra? Ou seja, essa definição não conta,pelo q não nos permite discutir até q ponto a interrupção voluntária da gravidez atenta contra a própria vida.

Conheces mais alguma? Se sim, diz qual para a discutirmos novamente.

Tiago Mendonça disse...

Caro Lobo Branco,

Tem razão. A minha definição de vida foi bastante redutora. Acabei por restringi-la apenas à vida humana e de facto não dei uma definição que permitisse englobar os animais e as plantas. De facto centralizei a questão na vida humana, mas efectivamente, relido o seu comentário não foi essa a questão que me colocou.

É díficil uma definição de vida que vise englobar todas as espécies de ser vivos pois estas são bastante diferentes. Definir a vida de uma árvore de um elefante e de uma pessoa é muito difícil ainda para mais se tivermos a objectivar uma definição que sirva para a discussão que aqui estamos a manter.

Sobre a pílula do dia seguinte, defendo-a pelas razões que disse, mas sobretudo por realmente reconhecer que as coisas podem correr mal. Utiliza-se o preservativo e este rompe. Deve haver uma solução, porque não seria realista e até desejável a abstinência sexual. Uma mulher é violada, deve ter a hipótese de logo no dia seguinte tomar essa pílula para evitar uma gravidez indesejada. Existe uma relação, "protegida" à partida pela pílula, mas quando a mulher, vai para tomar a pílula diaria verifica que existiram falhas, pode então tomar a pilula do dia seguinte. E custa-me a admitir, mas também a alguma irresponsabilidade que vemos hoje nas nossas jovens e nos nossos jovens, muitas vezes fruto da idade, deve ficar a coberto com esta última chance. Sociologicamente percebo. Depois reconheço o aborto, obviamente, em caso de má formação do feto ou perigo de vida para a mãe e, claro, a violação, imaginando que por exemplo a pessoa violada nos casos onde já não for possível tomar a pilula do dia seguinte(Mas que tem efeitos até 72 horas após a relação sexual).

Depois a questão do aborto, da opcção por ele ou da renuncia a ele, levanta ainda o problema da igualdade entre o homem(pai) e a mulher(mãe). À luz do próprio preceito constitucional, estatuído no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa, que estabelece a igualdade, que lhe parece esta questão? Que medidas tomaria para promover uma maior igualdade decisória? Ou pelo contrário, considera que a mesma, netse caso pontual, deve ser colocada de parte?

Obrigado pelo seu comentário e pela chamada de atenção que fez que, efectivamente, tem todo o cabimento.

Anónimo disse...

Tiago,

Desculpa, mas vou ter que insistir. A definição que deste foi de gravidez,e não de vida humana. Para definires o que é vida humana, tens que primeiro definir o que é vida.

Mas tens mais razão do que pensas. De facto, não existe uma definição que consiga de forma inequívoca distinguir um ser vivo de um ser não vivo. As que existem (quer as conheças quer não) acabam sempre por ser ambíguas e, ou englobar seres não vivos, ou excluir seres que são claramente vivos. Obviamente que eu e tu estamos e somos vivos. Os gatos que tenho em caso estão vivos. O problema é quando entramos no limite da coisa. Um vírus, está vivo? Então porque razão consegue entrar no nosso corpo e usar a nossa "maquinaria" celular para se reproduzir? Uma mula estéril está viva? Mas se não se consegue reproduzir? Percebes a lógica? Da mesma maneira, um embrião/feto humano está vivo,ou é simplesmente um processo celular dentro do corpo da mãe sem a qual não consegue viver. Mesmo um bebé recém-nascido. Se não consegue sobreviver de forma independente, será que é vida?! Mas qual o objectivo desta conversa toda? Muito simples, como podes ver aquele argumento de que fazer uma argumento é errado pois atenta contra a vida não faz de todo sentido. Obviamente, um corolário natural deste raciocínio é: então porque razão é preciso haver uma justificação extraordinária para interromper uma gravidez dentro dos limites da segurança de saúde para a mãe? As mulheres precisam de justificação para alterarem o corpo com cirurgia plástica? Precisam de justificação para implantarem artificialmente embriões fecundados num tubo de ensaio, e depois escolherem o mais viável e "matarem os outros"? Ou seja, e concluindo, essa argumentação não pega, e é baseada em premissas falsas. É portante, uma falácia.

Quanto à igualdade entre homem e mulher neste caso, acho que estás a por uma falsa questão e a misturar equações. A igualdade entre homem e mulher que está "estatuída" na constituição prende-se com igualdade social e de oportunidades. Isto porque homem e mulher apenas são iguais nesses termos, porque de resto, física e psicologicamente, claramente não são (espero bem, pela tua saúde, que concordes comigo ;) ). Como tal, não têm "direitos" iguais. Por exemplo, as mulheres têm o mmo direito em fazer carreira num qq desporto do que o homem, mas como devido às suas diferenças físicas, esse direito ficava comprometido uma vez que uma mulher não consegue competir fisicamente com um homem. Por isso, as mulheres competem independentemente dos homens na maioria dos desportos. Na questão da gravidez, é a mesma coisa. A mulher investe muito mais numa gravidez do que o homem, tanto física (que me parece óbvio, não achas?) como psicologicamente (talvez mais dúbio, mas acredita que é verdade). Como tal, tem mais "direito" a decidir sobre o possível término da gravidez do que o homem. Tal como acontece no desporto, na gravidez estaria a ser negada uma igualdade social e de "oportunidades" caso fosse dado o mesmo peso ao homem no que toca à decisão de interromper a gravidez.

Agora explica-me, o que é que a lei tem a haver com esta questão do peso na decisão? Sinceramente não percebi. É que a lei não diz de quem é que a decisão deve ser, apenas que uma vez tomada, pode ser efectuada num estabelecimento de saúde autorizado.

Anónimo disse...

ERRATA:

Onde se lê:
"...como podes ver aquele argumento de que fazer uma argumento é errado pois atenta contra a vida não faz de todo sentido."

Deve-ser ler:
"...como podes ver aquele argumento de que fazer um aborto é errado pois atenta contra a vida não faz de todo sentido."

Tiago Mendonça disse...

Caro Lobo Branco,

Li atentamente o seu comentário, mas por, falando directamente e com sinceridade, não dispor de todo o tempo do mundo para analisar todas as questões que levantou, optei por cingir-me a uma delas para que não ficasse sem qualquer resposta. A questão da igualdade entre o homem e a mulher.

Creio que a criança é fruto de uma união do homem e da mulher. Discordo quando diz que pelo facto da mulher " carregar " o filho durante 9 meses lhe dá maior legitimidade para decidir. Essa decisão, nos moldes em que esta prevista, vê a futura criança como posse da mulher. E não é nem posse, nem a ser, ideia estapafurdia quanto a mim, nunca seria só da mulher.

Supondo que é o homem que por trabalhar paga todos os estudos do filho. Não é por isso que a mãe não deve ter uma palavra a dizer nos estudos da criança. E depois há um preceito constitucionalmente consagrado. É que esta lei viola o principio da igualdade e o direito à vida, dois direitos fundamentais.

No plano do Direito, não tenho grandes dúvidas sobre a sua inconstitucionalidade, concorde-se ou não.

P.S-Se quiser continuar este excelente debate deixe-me fazer uma sugestão: Prepare um texto com a sua opinião, fundamentando os seus argumentos, e eu próprio assumo a responsabilidade de o publicar aqui no blogue, partindo a discussão do seu post. Era uma boa ideia!

Saudações

Anónimo disse...

E se fossem os dois falar disso po messenger...com a mania quesão gente grande estes dois, ponham-se sff no vosso lugar..secalhar era bem pensado!É RIDÍCULO!

Tiago Mendonça disse...

É do senso comum que é ridiculo!

E se fossem PO messenger com a mania QUESÃO...

Muito bem. Belo contributo. Se eu tivesse o messenger do Lobo Branco até comunicava com ele por lá. Eu até já lhe pedi para ele me enviar as questões por e-mail.

Mas acalme-se que não é caso para tanto. Afinal só tenho mesmo 1,72.