terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Prioridades invertidas MMVIII


Posso ser eu que, com as minhas tendências anti-sociais de inadaptado, não perceba o alcance de certas medidas. Mas o facto é que não as entendo mesmo.

Esta nova lei do tabaco. Já aqui o disse, parece-me uma medida importante, do ponto de vista da saúde pública, que ajudará ao maior conforto de todos. Agora, esta ordem de prioridades completamente invertida, que não fora a urticária que me provoca e já estaria completamente habituado, deixa-me atarantado.

Muito se tem falado - e escrito - da ausência de espaços para fumadores nos estabelecimentos prisionais, entre outros. Pois pasmem-se - provavelmente não o farão -, o actual «Plano Nacional contra a Droga e as Toxicodependências em vigor, prevê a existência de máquinas de troca de seringas nas prisões e a criação de salas de injecção assistida».

É a tal lenga-lenga: fecham-se maternidades, abrem-se clínicas de aborto; proíbe-se o fumo, fala-se de cofee shops e salas de chuto; desinveste-se nas mais-valias públicas, aumenta-se a carga fiscal...

1 comentário:

Tiago Mendonça disse...

Meu caro,

Penso que a lei do tabaco tem muitíssimo cabimento e que deveria mesmo ser ainda mais severa, pelo menos ainda mais controlada. Em poucos dias a procura de medicamentos que ajudam a pessoa a largar o vício do tabaco aumentaram grandemente. Temos um ambiente em muitos espaços publicos muito mais limpos. Em certas escolas conhecidas pelo fumo, não so do tabaco, já se consegue respirar. É uma lei, e tenho que admitir, provem de uma coragem de decidir. Uma coragem que no passado poucos tiveram a coragem. Tem que se reconhecer a iniciativa ao governo.

Mas é este o caminho ; Seria ridiculo depois disto, liberalizar, por exemplo, as drogas leves. Espero que o próximo passo seja acabar com a vergonha que é a noite de Lisboa. Isto é, modifica-la para algo melhor.