A embrionária Democracia Timorense volta a revelar sinais de clara fragilidade e é importante conhecer as suas raízes.
O ataque de que o Chefe de Estado e o Chefe de Governo foram alvos foi levado a cabo, pelos homens do Major Alfredo Reinado (ex-comandante da polícia militar), quase dois anos depois dos incidentes que levaram à expulsão das Forças Armadas de mais de meio milhar de militares.
Na base da sua expulsão está um longo período de greve, numa reivindicação por melhores condições de trabalho.
Desde a declaração de insubordinação, em Março de 2006, somaram-se vários confrontos entre os militares expulsos e as forças de segurança.
Mesmo com o apoio de uma Força de Paz Internacional as tropas Timorenses foram incapazes de deter o líder dos rebeldes, responsabilizado por 30 mortes e cerca de 150.000 deslocados.
Os atentados do passado Domingo, surgem então numa senda de irredutibilidade em negociar com as forças vigentes.
Diversas figuras da política timorense, entre as quais, o presidente do parlamento vieram a público, culpabilizar a ONU pelos atentados e mais uma vez questionar a sua gestão da crise despoletada em 2006.
Esteticamente o sucedido poderá marcar nova remodelação do governo Timorense e na prática representa um grande retrocesso na sustentabilidade da Democracia e Forças da Ordem Timorenses, fazendo, por isso, repensar a estratégia da ONU em Timor
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
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