terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Mundial 2018 em Portugal e Espanha: Uma boa ideia!...*

O título e o texto são da autoria do Dr.Miguel Frasquilho, nome sonante do PSD, da economia portuguesa e que nos brinda com alguns textos de muita qualidade no blogue www.quartarepublica.blogspot.com que se encontra nas minhas escolhas, no lado esquerdo deste blogue. Decidi transcreve-lo por ir na mesma linha do meu pensamento, mas muito provavelmente, com uma argumentação melhor e com ideias em assuntos específicos melhor identificadas e soberbamente explicadas.

"No final da semana passada, Gilberto Madaíl, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, adiantou que iria conversar com o seu homólogo espanhol sobre a possibilidade de Portugal e Espanha em conjunto organizarem o Mundial de Futebol de 2018, o próximo a ser disputado na Europa (2010: África do Sul; 2014: Brasil).

Ora aqui está o que me parece ser uma boa ideia!... De facto,

· Estádios modernos e funcionais, já nós temos (foram construídos/remodelados para o Euro 2004); logo, há que rendibilizá-los;

· Até 2018 está previsto termos o novo aeroporto de Lisboa (no Campo de Tiro de Alcochete) a funcionar – e, mesmo que tal não sucedesse, como a organização do Mundial seria conjunta (o que é menos pesado do que uma organização a solo), a Portela chegaria bem para as temporárias “encomendas”, como se verificou aquando do Euro 2004;

· Também até 2018 está previsto que as linhas de alta velocidade (TGV) Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid estejam operacionais, o que facilitará a mobilidade,quer com o país vizinho, quer no nosso país.

· Está a surgir um pouco por todo o país – embora mais no litoral – um conjunto de unidades hoteleiras de boa qualidade que permitirá albergar, sem envergonhar ninguém, um conjunto mais alargado de turistas e visitantes (e, como o passado prova, o número de turistas/visitantes aumentou sempre nos anos de realização de grandes eventos – como a Expo 98 e o Euro 2004 – e, mais relevante, nos anos seguintes a esses eventos, essa base de turistas não regrediu, muito pelo contrário, continuou a crescer agora a partir de um patamar mais elevado).

Assim sendo, os investimentos necessários para este evento, ou já estão feitos, ou irão sê-lo, independentemente da sua realização. Não vejo, pois, por que não se poderá rendibilizá-los – e tornar Portugal ainda mais conhecido e receptor de turistas/visitantes. Ora, para isso, convenhamos que a organização conjunta do Mundial 2018 cairia como sopa no mel!...

Claro que ela não deve ser vista como uma prioridade para Portugal. Não. Prioritário é tornar o nosso país mais competitivo (e, logo, mais produtivo), actuando acertadamente ao nível da qualificação dos recursos humanos, da flexibilidade da legislação laboral, da desburocratização da Administração Pública e da Justiça, da fiscalidade (diminuição de taxas de impostos e simplificação do sistema fiscal), entre outras vertentes.

Mas, havendo uma boa oportunidade para colocar Portugal novamente nas bocas do mundo (pelas boas razões) e rendibilizar os investimentos que já estão realizados, ou que o irão ser, não vejo por que não aproveitá-la!...

Assim a Espanha colabore e a FIFA nos dê essa oportunidade – e todos ficaremos a ganhar."

"PS – Situação diferente seria se tivéssemos que investir em estádios como foi feito para o Euro 2004. Foi aí que foi feito o erro. Agora, uma vez ele estando feito, não vejo por que não há-de ser rendibilizado o mais possível!... Não o fazer seria, em minha opinião, cometer um novo erro…"

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