Deixem-me dar a minha noção do caso Irlandês, que o Luís introduziu, e tentar fazer algumas pontes para Portugal.
Sem dúvida que em 10 anos a Irlanda passou de um país do Terceiro Mundo para um normal First World Country.
O modelo de crescimento acaba por sem simples e cheio de senso comum, e são por vezes soluções simples e realistas que fazem a diferença.
Em poucas palavras descrevia este crescimento como focado na incrível produtividade do sector privado mascarado pelo crucial investimento externo Americano. É complicado mas podemos separar aqui a produtividade do capital, da do trabalho, esta última suportada por uma remodelação no sistema de ensino que passou do miserável ao bom.
Se esta estrutura proporcionou um crescimento decisivo na Irlanda de 1990, parece-me que hoje é um modelo pouco replicável. Numa economia ocidental não passaria de um ênfase sustentável mas limitado na educação, e tendo em conta que a questão do interesse Americano está perfeitamente individualizada, não me parece uma solução milagrosa.
Por outro lado, uma politica fiscal mais atractiva, focada no investimento externo terá sempre os seus frutos. Mas não nos centremos nisso, Portugal tem muito capital por investir e muito que está lá a sair lá para fora e poderia ter outro destino. Aqui acredito num sistema fiscal e legal menos pesado. Em relação a isto, não me canso de referir que aquela Policia que chamam ASAE está a limitar muito o tecido pequeno-médio empresarial Português. Basta andar alguns dias no terreno para ver.
Apesar disto eu acredito mais em Produtividade do trabalho e da Gestão isso sim tem resultados a longo prazo, e o panorama actual, por cá, é muito pobre.
Breve conclusão, admiro a ideia Irlandesa mas não podemos cair na ânsia de procurar soluções “one size fits all”. Muitas aparecem nos livros, mas se há uma coisa que este caso nos deve fazer reter, é que nestes milagres económicos existe muito senso comum e realismo, e ao mesmo tempo poucas estatísticas e regressões complicadas.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
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10 comentários:
Olá malta!
Desde que me tornei leitor assíduo do vosso blog tenho considerado seriamente o download da ficha de inscrição da Jota. Não sei se aceitam palermas do meu calibre mas acho que seria uma boa aquisição.
Mas não é sobre isso que vos quero falar...
Hoje só vos queria perguntar se "ractificar" é do verbo "ratificar"
ou "ractificar". Dada a profusão de palavras giras que vós usais, às vezes sinto-me um bocadinho desorientado.
Conto convosco para me esclarecerem,
Beijinhos do palhacito
RCruz,
por este andar, em vez da ficha da JSD, convidamo-lo para nosso corrector ortográfico oficial.
Experimente comentar e discutir as ideias e deixe lá os verbos por um bocadinho. Ponha lá o cinísmo de parte.
Olá Luís,
Mas queres que ponha de parte o cinismo ou o cinísmo?
Quanto às ideias só não as discuto porque não as encontro...sou um tipo um bocado idiota como aliás vocês já repararam.
Beijinhos do palhacito
Não merecem comentários essas intervenções. Sugiro que arranjes um passatempo mais interessante do que estar a analisar letra a letra tudo o que seja postado aqui. Trauma de infância?
Em relação ao post em si, está interessante, como de costume, a tua perspectiva. Especialmente no fim, em que partilho da tua opinião, que devemos a todo o custo imitar estes milagres económicos, da Irlanda ou da Finlândia, como temos vindo a fazer. Há muita coisa por trás das estatísticas que antecedem qualquer tipo de viragem profunda, especialmente a nível económico e educacional, que Portugal de todo não possuí.
Abraço
Olá Jorge!
Quanto à "análise letra por letra" permite-me que cite Pedro SL.
"HÁ pertence ao verbo haver e tem H!... Nos testes da Universidade, quando um aluno dá um erro destes, tiro, normalmente, um valor."
Há quem aplique rigor quando convém. ..
Quanto aos meus traumas de infância, lamento mas isso terá que ficar entre mim e o meu psicanalista.
Beijinhos do palhacito
Não digo que dar erros ortográficos deva ser um hábito, pelo contrário, também não costumo olhar com bons olhos para eles. Mas, quando se escreve de maneira corrente e alongada enquanto tudo o que está na nossa cabeça é o conteúdo do que estamos a tentar exprimir, é normal que saia um erro ou outro. Não estamos, portanto, a escrever aqui como se estivessemos a escrever em exames nas nossas faculdades pois aí, temos o devido cuidado de rever tudo o que foi escrito e, pelo que sei, todos nós temos sido bem sucedidos (talvez não tivesse chumbado a Gestão Financeira II se não tivesse errado naquele maldito acento.. bolas!).
Mas, só por mera curiosidade, onde é que descobriste, após analisar cuidadosamente todas as palavras aqui escritas (respeito o hobbie), um erro desse tipo? Acho que toda a gente sabe que há vem do verbo haver, mas como disse, as vezes escapa, ninguém é infalível.
Tal como os traumas de infância, guarda os beijinhos com quem tu quiseres, respeito, novamente, a tua orientação sexual, mas preferia que os mantivesses fora daqui.
Em relação ao palhacito... bem, acho que ao menos aí estamos de acordo.
Ok Jorge!
Tens razão! Sou um falhado e um idiota, com traumas de infância e uma orientação sexual esquisita. Não vos chateio mais para não colocar em causa a assépsia cá do blog.
Força! Dou-me por vencido!
Bem, tenho andado fora e não consegui acompanhar a discussão..Quanto ao caro amigo, mais uma vez parece não conseguir discutir no âmbito dos temas. Mas já que tem esta vocação, pedia-lhe que identificasse o erro.
Oi Pedro!
Prometo não voltar a fugir do âmbito.
"A ractificação do Tratado de Lisboa deve ser referendada?"
A pergunta está gira e até votei e tudo. O disparate é que "ractificação" não tem "c" antes do "t".
Beijinhos do vosso idiota preferido
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